quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Felicidades

Quis ter amigos e os tive, quis vê-los felizes e os vi, mas de tempos em tempos sinto solidão, estranha, como se todos me tivessem abandonado, mesmo a minha família, minha mãe.
Sinto que o mundo pouco ligaria se eu apenas deixasse de existir, fosse até melhor talvez: Minha mãe teria menos preocupações, meu pai menos aborrecimentos assim como meu irmão, e cada vez eu me sinto menos importante, quando ligo para alguns dos meus 'melhores amigos' eles sequer atendem ao celular, e nem retornam.
Vez ou outra sinto que todos simplesmente se esqueceram de mim. Quando a casa fica vazia, que não tenho ninguém a quem recorrer, fico com vontade de chorar, e choraria não fosse a imensa chama que ainda arde dentro de mim: tenho vontade de vencer na vida, fazer faculdade, ter um emprego com o qual possa me sustentar, ter meu apartamento talvez dividido com uma ou duas amigas.
E é apenas isso que me mantém lutando, me mantém no caminho que decidi pra mim.
Não gosto de magoar as pessoas que gosto e que gostam de mim, mas vou passar por tudo que puder, vou batalhar o máximo possível até que eu esteja na faculdade que eu quero (UnB - sonho dourado de quase todo adolescente recém saído do Ensino Médio que mora em Brasília, quase um fardo pra muitos), e sei que sou capaz, o que é a única certeza que ainda me mantém a caminho.
Sei que conquistar a admiração do meu pai não vai ser a coisa mais fácil, mas eu chego lá.
Quero  aprender coisas novas, fazer coisas diferentes, amar loucamente - meu curso-, ler como nunca na vida os textos mais belos e mais revolucionários já escritos, ter ambições maiores.
Sei que a única coisa que pode me limitar agora sou eu mesma.
Me esforcei, estudei muito até aqui, e hoje mais do que nunca eu mereço uma vaga na - posso dizer - minha universidade.
Agora é só mais um pouco, creio que estou pronta para esse desafio.
Obrigada pela audiência e volte sempre.

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